Clube do livro é daquelas coisas da vida que todos gostaríamos de participar, mas nunca houve a chance. Talvez pela bela referência em Sociedade dos Poetas Mortos (1989), com o sempre emblemático Robin Williams, ou até o romântico Jane Austen Book Club (2007). A verdade é que o prazer da literatura vai muito além de percorrer as palavras sobre as páginas, mas o quanto elas influenciam a nossa imaginação e repertório. A troca, a indicação, a frustração, a paixão por um personagem (quem nunca?), emprestar, pegar emprestado e esquecer de devolver… tudo isso gira em torno do simples ato de parar para se entregar a uma nova história, para além da sua.
Ultimamente, ao contrário dos radicalistas que insistem em dizer que o papel vai acabar, os livros têm ganhado mais espaço nas prateleiras e rodas de conversas entre amigos. O antigo hábito virou novo e tem adeptos famosos fazendo a sua parte, como Emma Watson e o seu Our Shared Shelf. Aqui no Brasil, a TAG, clube de assinaturas, não deixa a sensação a desejar. Fundada em 2014, com planejamento anterior de quase um ano, o site teve que se reinventar para entender como o mercado de leitores está lidando com os livros. “Pegamos uma oportunidade e tiramos o melhor dela”, comenta Arthur Dambros, sócio da TAG, em entrevista à Casa Vogue.
Depois do Clube do Livro, em 1960, e o Círculo do Livro, de 1970 a 1990, a TAG surge com a proposta de fornecer novas experiências literárias para os seus assinantes. “No início, eles têm medo, porque enviamos os mesmos títulos para o Brasil inteiro todo mês. Não existe filtro por tema ou escritor”, explica Arthur. O que antes tinha apenas cinco novos membros por mês, virou um negócio promissor, com curadores de renome escolhendo a dedo o que você recebe em casa.
Hoje, são mais de 20 mil assinantes, que recebem mensalmente edições especiais e mimos divertidos relacionados aos títulos, pelo valor de R$ 69,90 (com frete já incluso). O crescimento possibilitou novos investimentos, como projeto gráfico exclusivo para os membros, edições especiais e até aplicativo. Esse último retorna ao início deste texto e serve como um clube do livro virtual (que já tem encontros físicos, organizados por leitores aficcionados), no qual você pode organizar os títulos já lidos, dar nota, comentar e trocar informações com outros leitores do país todo.
Apesar de não poder revelar as novidades para 2018, Arthur segue confiante e animado com os próximos passos da TAG. “Única coisa que posso dizer é que será bem divertido.”
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